O Que Significou a Reconquista
Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos Levaram à
Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na Formação do
Estado Nacional?
No processo da formação
da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:
·
O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se
vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste
com a Europa Ocidental.
·
A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península
Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do
desmembramento de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal
que se parou de Castela.
A partir do século XI, a
Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos
senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas.
A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península
Ibérica com características originais:
·
Com ele coexistiram
instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia
mercantil e urbana.
·
Com ele coexistiram
instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em
função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.
Já no século XIII, além
da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na
Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa
política comercial e marítima.
Dotado de próspera
economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte
esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo
Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de
Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens
genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.
Ao dominar Andaluzia, o
reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam
uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica,
conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.
Mas, o fortalecimento de
Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram
definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em
1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de
Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.
Graças à ação dos Reis
Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista,
embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as
diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões
(catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de
classes.
Uma série de medidas tentou
reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a
burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas
políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade
religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos
muçulmanos (os mouriscos).
Em longo prazo essa
“limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de
fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da
Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como
concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição
para o Capitalismo.
O Que Significou a
Reconquista Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos Levaram
à Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na Formação do
Estado Nacional?
No processo da formação
da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:
·
O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se
vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste
com a Europa Ocidental.
·
A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península
Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do desmembramento
de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal que se parou de
Castela.
A partir do século XI, a
Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos
senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas.
A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península
Ibérica com características originais:
Com ele coexistiram
instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia
mercantil e urbana.
·
Com ele coexistiram
instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em
função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.
Já no século XIII, além
da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na
Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa
política comercial e marítima.
Dotado de próspera
economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte
esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo
Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de
Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens
genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.
Ao dominar Andaluzia, o
reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam
uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica,
conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.
Mas, o fortalecimento de
Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram
definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em
1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de
Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.
Graças à ação dos Reis
Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista,
embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as
diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões
(catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de
classes.
Uma série de medidas
tentou reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a
burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas
políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade
religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos
muçulmanos (os mouriscos).
Em longo prazo essa
“limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de
fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da
Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como
concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição para
o Capitalismo.
O Que Significou a
Reconquista Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos
Levaram à Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na
Formação do Estado Nacional?
No processo da formação
da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:
·
O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se
vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste
com a Europa Ocidental.
·
A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península
Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do
desmembramento de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal
que se parou de Castela.
A partir do século XI, a
Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos
senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas.
A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península
Ibérica com características originais:
·
Com ele coexistiram
instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia
mercantil e urbana.
·
Com ele coexistiram
instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em
função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.
Já no século XIII, além
da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na
Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa
política comercial e marítima.
Dotado de próspera
economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte
esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo
Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de
Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens
genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.
Ao dominar Andaluzia, o
reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam
uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica,
conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.
Mas, o fortalecimento de
Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram
definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em
1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de
Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.
Graças à ação dos Reis
Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista,
embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as
diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões
(catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de
classes.
Uma série de medidas
tentou reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a
burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas
políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade
religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos
muçulmanos (os mouriscos).
Em longo prazo essa
“limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de
fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da
Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como
concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição
para o Capitalismo.